Conheça a biodiversidade de peixes do Rio Uberabinha
Os poucos estudos na bacia do rio Uberabinha dão maior enfoque às espécies de peixe de médio e grande porte. Já a Angá (Associação para a Gestão Socioambiental do Triângulo Mineiro), em diagnóstico recente, catalogou 46 pequenas espécies, pertencentes a seis ordens e 16 famílias. A ordem mais representativa foi Siluriformes, seguida de Characiformes e Perciformes. A família mais importante foi Loricariidae, vindo na sequência Characidae e Cichlidae. O grande número de cascudos (gênero Hypostomus) fez com que os Siluriformes e a família Loricariidae fossem as mais representativas nesse trabalho.
“É provável que algumas dessas espécies sejam novas para a ciência, e por isso é necessário atenção para sua conservação. ”
No Uberabinha foram caracterizadas 12 morfoespécies, sendo que para abacia do Alto-Paraná, existem 25 espécies de Hypostomus descritas formalmente. É provável que algumas dessas espécies sejam novas para a ciência, e por isso é necessário atenção para sua conservação. Revisões regionais têm sido muito utilizadas para auxiliar na compreensão da taxonomia de Hypostomus, e essa ferramenta poderia ser muito útil para a elucidar possíveis novos grupos nessa bacia. Por isso, os exemplares capturados serão doados para os principais pesquisadores desse grupo do Brasil.
Somando-se as espécies levantadas pela Angá, em 2015, com dados da literatura,são 69 as espécies capturadas na bacia, levando a estimar-se a existência de quase 90 espécies. Assim, a bacia pode estar abrigando cerca de 3/4 das espécies descritas para o rio Paranaíba. Se analisarmos trabalhos mais abrangentes, que citam 140 espécies para o trecho mineiro do Alto-Paraná (rios Paranaíba e Grande), o rio Uberabinha estaria abrigando quase 2/3 dessas espécies. Sem contar novas espécies que podem ser descritas baseado no grande número de morfotipos de Hypostomus que foram capturados.
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